Um clamor, um amor
Nego doce, olha para mim com seus olhos ardentes e sedentos por alguma coisa.
Entra-me no quarto, mata a tua sede abrupta,
põe dentro de mim o teu sagrado.
Sou profana como tu, empurra em minhas carnes a tua vontade.
Faça-me de pano para tua sombra.
Larga-me e impeça-me na hora do orgasmo matrimonial.
Seja feita a tua vontade.
Imploro um amor assim a Deus.
Louca para os sãos e sã demais para os loucos.
Escrevo em linhas tortas para não haver confusões no céu.
Lembro do jato quente subindo em minhas costas,
como cobras se esgueirando em mim,
esperando algum movimento e oportunidade.
Mata tua fome garoto.
Mostra-me teu homem,
por aqui, eu o vejo senil.
Óh! Peço perdão meu pai!