Perdi as chaves

Dotadas de algo viram fenômeno

Do nada

folheio as sombras

mãos entre os espaços e

viro íntimo das paredes

Móveis

Devo tê-las enterrado no tempo

Nas curvas da imaginação

Meu tempo não transborda tal compreensão

Do nada se perdem entre a consciência e o invisível

Prossigo e sigo o universo

Meus olhos testemunhos de tal desespero e enredo dos obstáculos

Abraço o cúmulo

do cúmulo

E vem o verbo das definições

As orações

e o deixa pra lá

exalto o humor dos deuses

Afino-as na ironia

e de repente a memória sai dos olhos e as arranco dos cascalhos sei lá

aparecem as tais

como dizia minha mãe

vou pular de um prédio alto por conta deste baile

achei-as

caralho!

Cícero Bizzuka
Enviado por Cícero Bizzuka em 28/08/2024
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