Perdi as chaves
Dotadas de algo viram fenômeno
Do nada
folheio as sombras
mãos entre os espaços e
viro íntimo das paredes
Móveis
Devo tê-las enterrado no tempo
Nas curvas da imaginação
Meu tempo não transborda tal compreensão
Do nada se perdem entre a consciência e o invisível
Prossigo e sigo o universo
Meus olhos testemunhos de tal desespero e enredo dos obstáculos
Abraço o cúmulo
do cúmulo
E vem o verbo das definições
As orações
e o deixa pra lá
exalto o humor dos deuses
Afino-as na ironia
e de repente a memória sai dos olhos e as arranco dos cascalhos sei lá
aparecem as tais
como dizia minha mãe
vou pular de um prédio alto por conta deste baile
achei-as
caralho!