Raios cortam o céu

Na noite escura, raios cortam o céu,

Trovões retumbantes ecoam com ímpeto cruel.

Sob o manto negro, tempestades dançam sem véu,

Chuvas de pânico lavam a alma, num duelo.

O medo se infiltra no ar, a incerteza se aninha,

Gotas caem como lágrimas da agonia divina.

Mas no caos das águas, há beleza que ilumina,

A força da natureza em sua dança clandestina.

Assim a noite se faz palco de temor e beleza,

Onde raios e trovões entoam sua fortaleza.

E em meio ao pânico das chuvas com certeza,

Encontramos a poesia que acalma a natureza.

Vera Salbego

19/06/24

10:26