Liberdade
Que vontade de buscar
A fantasia que vivenciei,
Lugares que visitei
Sem ao menos,
Jamais caminhar.
Mais que um devaneio,
Bato as asas da ilusão,
Ensaiando de mansinho
A partida de meu ninho.
É o desejo de encontrar
A serena e esvoaçante liberdade
E de mãos dadas com o medo
Vou despindo o espaço,
Banhando-me na ansiedade,
Sentindo a alforria pairando no ar.
Será que me resta
Somente a imaginação ?
E a força onde estará ?
Que mundo pequeno é esse
Que me sufoca ?
O medo está na porta
E não me deixa sair !
Ah! Fragilidade cristalina
Onde sorvo o venéfico medo.
E na concha que me protege e adormeço,
Meu sonho enfrento,
O vôo liberto da felicidade.
Voejando encontro a ousadia,
Com sorriso, destruo o receio.
Abrindo a trilha da liberdade,
Renasço,
Desabrocho ,
E emergindo, escrevo o destino
Num soberbo e razante vôo.
E num canto, quase desapercebida
Encontro a estima que perdi.