No campo onde nasci
**No Campo Onde Nasci**
Nas coxilhas verdejantes do meu pago,
Onde o vento assobia e a correnteza corre mansa,
Sinto a alma se embalar ao canto do sabiá,
Na amplidão do campo onde a liberdade dança.
No rincão onde nasci, a pureza se revela,
No olhar dos potros soltos a pastar,
E o cheiro da terra molhada no amanhecer,
Me faz crer na simplicidade desse lugar.
Os arados sulcam a terra feito verso,
E o gaúcho, peleando com bravura e destreza,
Guarda no peito a valentia e o amor sincero,
Pelas lides do campo e sua natureza.
Assim, no cantar do galpão ao entardecer,
O fogo de chão crepita a nos aquecer,
E entre causos e mate, no rancho aconchegante,
Sentimos a magia desse campo florescer.
No campo onde nasci, meu coração repousa,
Em cada taquareira e cada raiz a brotar,
Pois é nessas paragens simples e grandiosas,
Que encontro a verdadeira essência de amar.
Que essa canção traga as tradições e a beleza do campo, representando a vida simples e autêntica que encontramos em meio à natureza.
Vera Salbego