A Páscoa Da Consagração
Nossa tristeza com o ontem
Se converteu em alegria
Ainda que com paixão contem
A via crusius foi agonia
Os discípulos estavam perdidos
Como humanos que eram
Não viam vitória em céus esquecidos
Para eles só existia a terra
Por séculos só se falava em treva
Do Herói abnegado levado
ao madero por gente maleva
E que venceu o mundo com Seu reinado
Sua ressurreição é misteriosa
Reaparece não para mãe ou discípulos tradicionais
Mas para Madalena, que para muitos era desonrosa
Para que terras secas se tornassem mananciais
Ao contrário do enganoso império que fazia escravos
Pediu aos seus, os verbos confiar e servir
Para que com fé e coragem se libertassem os cravos*
Para alegrias eternas que estariam por vir
Adubo em pântanos enganosos
Levassem luz aos lírios mais puros
Alicerces para vida superior aos esperançosos
E chance de arrependimento nos dias escuros
A Páscoa não liberta para prazeres da inconsciência
Mas sublime certeza de que todas as dores são caminhos para júbilos imortais da Divina providência
A Páscoa transcendeu para sempre, com Cristo**, em novos pergaminhos
Decimar da Silveira Biagini
*Os cravos que prendem Jesus à cruz nos lembram suas chagas benditas, pelas quais fomos curados.
** A Páscoa anterior à era Cristã estava destinada à comemoração da libertação dos judeus junto ao Egito