Minhas mãos
Nas palmas das minhas mãos,
Histórias de vida se desenrolam.
Calejadas pelo tempo,
Guardam segredos que só elas sabem.
Com dedos ágeis e suaves,
Elas tecem o cotidiano.
São pontes entre o mundo e a alma,
Onde se revela o meu eu mais profundo.
Sob a luz da lua ou do sol,
Elas moldam sonhos e realidades.
Com afeto, acolhem e cuidam,
Expressando amor em simples carícias.
Minhas mãos, firmes e delicadas,
São poetisas mudas que falam sem palavras.
Em cada gesto, em cada toque,
Ecoa a poesia da minha existência única e inigualável.
Vera Salbego