Estrada

As estradas do tempo me levam a algum lugar

Na teimosia de cada dia

No esperançar do ruído do vento

Sinto o balançar da rede a varrer a poeira

Balançando o espelho do tempo

Na memória ficou as lembranças

Feito um açoite de aconchego

Disperto os pensamentos

Córrego que atravessa a ladeira

Deixa a água escoar na ribanceira

Tangendo as tatuagens do coração

Que ficaram a dançar na solidão

Fazendo uma zoeira

Uma animação

Afastando a latência

Em busca de novos fluídos

Trazendo limpidez ao viver

Com novas revoadas

No cantarolar de cada momento

Renove a paisagem do dia

Sentindo o estradar fazer parte de você

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