Ataraxia Epicurista

É medonho o prazer buscado nas bebedeiras sem fim,

Que nas faces tediosas mostram os ânimos bastante esvaziados.

É fútil o contentar do espírito nos falsos banquetes,

Como se o estômago cheio pudesse atear vivacidade ao ego.

Não é o deliciar de uma fina iguaria em uma mesa farta, rodeado de amigos,

Que a vida será refeitório em que se morde os pedaços da felicidade.

Não há joias, carros ou posses que curem a febre dos dias mórbidos.

De todos os objetos e valores que circulam na órbita humana, a prudência

É o princípio pelo qual o existir e suas paixões devem ser analisados.

É dela que se originam as demais virtudes.

A vida simples e a autossuficiência bebidas nos seios mimosos dos desejos,

Numa vivência sem luxos - as coisas tranquilas de se ver e sentir.

O céu do contentamento num universo sem excessos ou faltas.

Ser sereno é avaliar os prazeres e dores contidos em cada gesto,

Em cada ato e extrair destes instantes apenas o estrito necessário à vida.

A felicidade é o caminho da simplicidade, a liberdade da prudência,

Moradia que afasta a escravidão dos extremos obtidos nos prazeres.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 19/12/2023
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