Eudaimonia Sim
E agora questiono ao mundo, aos homens que pregam fáceis soluções,
Afinal, onde está a felicidade, esta leveza do espírito? Alguns dizem que
A hora esplêndida do contentamento mora em algo exterior ao ser.
É a avalanche de elogios, a chama consumista de comprar coisas, a bela aparência,
O combate na obtenção do capital, popular imagem em redes sociais.
Mas tudo isso é vaidade, minúsculas pobrezas colhidas por
Garfos e bocas com poucas satisfações na vida.
O caminho que pulula vitalidade ao esqueleto, a monarquia de sentimentos
É encontrada pelos pés que se deslocam rumo a objetivos intrínsecos ao próprio ser.
É feliz por si só aquele que na secura de suas necessidades mentais
Refresca o crânio naquilo que realmente é, sem emular o caráter.
É contente aquele que banha no rio da simplicidade, trata bem os próximos,
Afeta e é afetado sem rodeios pelas outras pessoas.
É satisfeito os que possuem a capacidade de amar, os que estremecem
O coração frente a quentura dos relacionamentos.
É completo aquele que não baixa a cabeça diante das desigualdades sociais,
Que não fecha os olhos perante discriminações e outras vilanias mil,
Mas que movimenta mãos e pernas para estremecer o coisificante cotidiano.
Luta com robusta espada para expulsar as pequenas valorações,
Tenta tornar o mundo um lugar um pouco melhor.