Não há laço maior que o afetivo.

- Eu te amo, sabia?

- Eu sei! E é muito recíproco, espero que também saiba disso.

- Eu sei...

Mas talvez ela não saiba. Hoje ela só sabe da saudade que sente. Da saudade do abraço e da sensação boa que dá quando ela avista os olhinhos dele fechando quando ri de algo que ela fala. Sabe do coração apertado ao lembrar da falta diária que ele deixou na vida dela. Do cheiro dele que já está bem fraco e obriga ela apertar muito a almofada contra o nariz pr'ainda sentir. Sente saudades de como foi genuinamente feliz ao seu lado. Saudades do quanto ele tinha cuidado com ela, na fala, nas atitudes, na segurança. Na delícia que foi perceber o amor nos olhos dele, na felicidade e na doença.

Ela lembra da tristeza de quando ele pediu um tempo pra si. “eu te amo, mas é melhor nos afastarmos um tempo”. Lembra do quanto sofreu, chorou e achou que tinha o perdido.

Ela lembra de tudo!

Lembra do momento que ele retornou, já não precisava mais desse afastamento. Ela lembra da felicidade que sentiu, mas lembra principalmente do medo de que ele pedisse mais um tempo longe.

Mas ela cresceu nesse tempo, amadureceu e eles nunca mais brigaram depois disso. O amor intensificou.

Hoje, um encontra no outro a sua melhor versão e isso os fortalece.

Você me ama e eu sei, do mesmo jeito que eu amo você.

E eu tenho muita sorte por isso. Sorte? Ou será que “estava escrito”?

Seja como for, feliz em ter você na minha vida.

Fernanda Rissi
Enviado por Fernanda Rissi em 06/12/2023
Reeditado em 06/12/2023
Código do texto: T7947934
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