Que Saudade
Saudade da minha infância
Nos pampas, nos arrozais.
No chão de terra batida,
Na roça, nos manguezais.
Saudade dos rios frescos,
Dos pés de laranja-lima.
Conversas no fim da tarde,
Paquerando as meninas.
Tocar campainhas e correr,
Roubar goiabas dos quintais.
Eu tinha fome de vencer!
Disto não esqueço jamais.
“Sem plano” para o futuro,
E sempre feliz e radiante.
Mesmo sendo imaturo,
Eu sempre fui confiante.
Ah meu Deus que vida boa!
Que passado glorioso.
Passado que não destoa,
Do meu círculo vicioso.
Ainda luto pelo melhor!
Tudo de bom eu almejo.
Esbanjo confiança sem dó,
Lutando pelo o que desejo.