Dança sutil
Numa dança sutil com a melancolia,
Dias cinzentos, uma onda que se anuncia.
Fugir é inútil, a tristeza nos alcança,
Nostalgia abraça, a alma dança.
Desanimados, como folhas ao vento,
A melancolia tece seu lamento.
Somos reféns de emoções indefiníveis,
Num mar de sentimentos imprevisíveis.
As lágrimas, tal chuva silenciosa,
Regam a terra da alma saudosa.
É um assalto suave, mas persistente,
Uma dança triste, mas envolvente.
No vaivém das memórias perdidas,
A saudade tece suas próprias vidas.
Desenhando ciclos de despedidas,
Somos poesia em noites esquecidas.
Assim, nos entregamos ao fluir do tempo,
À melodia triste de um lamento.
E, nesse palco de sombras e luz,
Descobrimos que a tristeza também seduz.
Mas, como o sol após a noite escura,
A esperança desperta, pura.
E assim, na dança da vida incerta,
Encontramos força na alma aberta.
Diego Schmidt Concado