Viagem

Nave do tempo

Vertigem do ancoradouro

Deslize de cada passagem

No nevoeiro da cidade

Que abranda o terreiro

Sem ter pressa , não seja um simples passageiro

Vai devorando a viagem

Que passa pelo canteiro da vivência

No cochilo da estrada

Sem ter cara de fantasia

Segue aproveitando a alegoria que o viver te oferece

Dando continuidade a maestria do tempo

Não se sinta um espantalho na caminhada

Desfrute do viver , seja aventureiro

Na comédia da vida se detenha com os sabores

Do dia

Da noite

Do caminhar descalço

De tomar banho de chuva

Até chegar na luminosidade da encruzilhada

Que segue fazendo parte da estrada

Nos sacodes que vai acordando você

Sem temores

Acordes que tocam o coração

Na musicalidade da passagem

Do chuvisco da manhã

Abrindo caminho para a locomotiva de sonhos

Que teimam em não fugir da estrada