No fluir
No fluir inexorável do tempo, nada permanece imutável. A certeza da transitoriedade da vida, por vezes, oferece consolo ao coração, como uma brisa passageira acalenta a alma. No entanto, em outros momentos, essa mesma efemeridade pode desencadear uma inquietude profunda, um temor diante do desconhecido que aguarda no horizonte do porvir.
As estações da existência se alternam, cada uma pintando a tela da nossa jornada com cores vívidas e sombras fugazes. A efemeridade, como uma constante companheira, sussurra lembranças de momentos que se desvaneceram, enquanto aponta para o futuro incerto que se desdobra diante de nós.
Assim, entre o consolo e o temor, navegamos na efêmera corrente do tempo. Cada instante é uma gota fugaz no rio da vida, carregando consigo a dualidade de ser efêmero e eterno em sua própria fugacidade. E assim, na dança perpétua do efêmero, encontramos a verdadeira essência da existência, onde o fluxo do tempo tece a tapeçaria das nossas histórias efêmeras.
Diego Schmidt Concado