Fardo
Procuro, ao raiar de cada sol, suportar o fardo e a beleza da minha própria personalidade, uma tapeçaria em constante renovação. Despenco, como folhas secas na dança do outono, mergulhando nos abismos do meu ser para expulsar o que é velho e morto.
Nesse espetáculo diário, sou o acrobata que ousa desafiar a gravidade das convenções passadas. Desprendo-me de preconceitos que envelheceram e doem como rugas na alma. Como quem despe um manto pesado, liberto-me das histórias que já não contam quem sou.
É uma viagem íntima, um mergulho nas águas profundas.
Diego Schmidt Concado