Mas linhas do meu ser
Nas linhas do meu ser, feridas expostas,
Pintadas em prosa, a alma desgostosa.
Te mostro as marcas, sem pedir socorro,
Mas não as carregue, em mim, há socorro.
Sangram palavras, versos que revelam,
Cicatrizes da vida, que o tempo selam.
Não te pesares, pelas dores que trago,
No peito, a esperança é o meu agasalho.
Deixa-me expor, sem temor ou receio,
Cada lágrima escrita, em meu desfecho.
Não é desespero, é mero desvelo,
Nas palavras, encontro meu conselho.
Entende, amigo, não é fragilidade,
É a força crua, da minha verdade.
As feridas, molduras do meu caminho,
Mas em cada verso, ergo o meu abrigo.
Assim, entre rimas, exponho meu ser,
Em cada poema, deixo-me renascer.
Não carregues o peso, das minhas mágoas,
Em mim, floresce a cura, em doces águas.
Diego Schmidt Concado