Fundo do mar
No fundo do mar há brancos pavores.
Onde as plantas são animais.
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge.
A agitação das ondas.
Nas profundezas, segredos se imprimem.
Onde a calmaria se esconde nas respostas.
No leito oceânico, um universo misterioso.
Onde a luz mal se aventura a penetrar.
Nas sombras, dançam seres, formam o idílico.
Um balé silencioso, sem se perturbar.
Assim, no fundo do mar, a vida persiste.
Em seu silêncio, a beleza resiste.
Diego Schmidt Concado