Cidade
Cidade, com teu rumor e vaivém incessante,
Nas ruas sem paz, a vida se perde, desencantada,
Ó vida suja, hostil, em vão gastada e distante,
Em meio ao caos, a alma permanece desgastada.
Mas, oh, saber que além desses muros cinzentos,
O mar dança livre, beijando praias nuas e douradas,
Montanhas sem nome se erguem, como monumentos,
E planícies vastas se estendem, em terras abençoadas.
Nessas vastidões, a alma se liberta do jugo urbano,
Onde o vento sussurra segredos e a paz é encontrada,
Em cada onda do mar, há um eco do humano,
E nas montanhas, a serenidade é sempre aclamada.
Cidade, com teu frenesi e teu vazio sem fim,
A natureza nos chama, nos convida a partir,
Para encontrar nas praias e nas montanhas, enfim,
A verdadeira essência da vida, em seu pleno existir.
Então, deixemos para trás o tumulto e o tormento,
Em busca da calma, onde o coração encontra alento,
Nas praias nuas e nas montanhas serenas,
Encontraremos a paz que a cidade nos nega, apenas.
Diego Schmidt Concado