Versos que tecem
Em versos que tecem a trama da minha alma inquieta,
Na escrita, sou viajante de mundos vastos e incertos,
Numa frase, encontro o abismo, na próxima, a estrela asceta,
Bipolaridade nas palavras, sentimentos diversos e espertos.
Entre o crepúsculo e o amanhecer da minha mente,
Nas linhas que traço, há uma dualidade a transparecer,
Num momento, o desespero, no outro, a paz latente,
Assim sou eu, entre a tempestade e o luar a florescer.
Nos versos que brotam como rios de emoção intensa,
Sou um espelho das contradições que a vida oferece,
Bipolar, talvez, mas também uma alma em busca, imensa,
De entender a complexidade que em cada um falece.
Então, não me veja como um enigma sem solução,
Mas como um poeta, navegando mares de sensação,
Entre o abismo e o paraíso, vive minha criação,
Na bipolaridade das palavras, encontro minha redenção.
Bipolar Poeta