Insônia
Na quietude das madrugadas, o silêncio se torna meu confidente. Não durmo, nem espero dormir. O mundo lá fora descansa enquanto minha mente dança entre as sombras da noite. Não posso ler quando acordo de noite. A escuridão é meu alicerce, a solidão é minha musa.
Então, em meio ao breu, pego o café quente, o lápis e o papel. Acendo meu cigarro, deixando que a fumaça se misture com os devaneios que habitam meu ser. As palavras fluem como um rio incontrolável, encontrando refúgio nas linhas traçadas, nas rimas meticulosamente escolhidas.
Cada verso é um suspiro da alma, uma jornada através das emoções mais profundas. Escrevo meus versos, poemas e sonetos como quem desvenda os segredos do universo, como quem busca a essência da própria existência. Na penumbra da noite, encontro a liberdade de expressar o que o dia esconde, dando vida às minhas emoções mais íntimas. E assim, na escuridão, encontro a luz da criação, tecendo palavras que ecoam além do tempo, perdurando na eternidade das letras.
Diego Schmidt Concado