Cálido tempo

Sigelo locus de ternura

A temperar a cada instante

No recanto da alma

Transpira sonho adormecido

Que vai perdurando ao tempo

Feito pedregulhos...até formar bolinhas de sabão

Abrindo caminhos, transpondo encruzilhadas

Na chegansa de desejos

Com as imagens que atiça o refletor

Luminosidade a esperançar o dia

Seguindo sem agonia

No explorar da florada exuberante

A desembocar no rio alucinante

Coberto de ramagens floridas

A encher o olhar

Na inócua vertente da paixão

Que pulsa na latência temporária do coração

Pode despertar a qualquer momento

Fazendo a travessia de um rio

No mergulho das profundezas de suas águas

Trazendo limpidez interior

Do límpido ao brilhante ,

Dando liberdade ao vento segui o rumo

Levando a desesperança pra algum lugar...distanciando de vez