Chuvas do coração
Acorda no meio da noite
Com os pingos da chuva
A molhar o rosto
Que disfarça com o lenço do cobertor
De uma pausa momentânea
No singelo anoitecer
No suspiro da nostalgia
Sem dispensar a alegria
Cria asas de saudades
Dá aquela vontade de saí
Tomar banho de chuva
Molhar as ideias no acalanto da noite
Sentindo um aconchego no corpo
No calor da friagem noturna
Trazendo sensibilidade aos sentidos
Apreciando uma xícara de café
No manso tempo
Recortando as arestas que vaga no precioso coração
Construindo novos sonhos
Replantando sementes com tanta sutileza
Que assossega a vivência
No tecer da terra molhada do coração