Meu Mar
Meu mar é infinito e nele tanta beleza vinda:
Ondas gigantes quebram em melodia infinda.
Água salgada que oscula a areia com ternura
Num abraço eterno que envolve a alma pura.
Nas águas profundas a vida então revela
Criaturas misteriosas, belas e singelas.
Cardumes dançam em harmonia sutil
Criando um espetáculo neste mundo hostil.
As gaivotas planam no céu de azul profundo,
Cantam línguas divinas num idioma fecundo.
O vento caminha e geme segredos à beira-mar,
Envolvendo-me em seu abraço para me acalmar.
No horizonte distante, vislumbro um veleiro,
Navega com bravura, enfrentando baleeiros.
A busca incessante por mares desconhecidos,
E descobrir certas pérolas nos ferimentos vividos.
Tuas águas salgadas acariciam a pele da areia,
Num eterno vai e vem de carícias fundas e suaves.
Teu brilho prateado reflete a linda lua alva e cheia,
E em cada maré ecoam histórias e emoções graves.
Nas tuas profundezas há vida em abundância:
Coral, peixes e seres misteriosos a nadar...
Tão vasto e incógnito, sob astros de esperança,
Tu és, ó Mar, o palco de cada drama singular.
O mar é um espelho que reflete nossos anseios,
Nossos sonhos e desejos mais almejados e cheios.
O mar acolhe nossas lágrimas salgadas e alegrias,
Em seu vasto seio, cinge-nos com gorjeios dos dias.
Ó meu imenso Mar radiante, transbordante de mistérios!
Tu és o signo da vida cheio de alquimias, ondas e refrigérios.
Teu ser nos sonda e mergulha-nos na água cristalina,
E emergimos do teu ventre em renovo de alma aquilina.