Luzir e viver
No campo de centeio onde a vida brota,
Observo o sol dourado a tudo iluminar.
As coisas simples, que a existência exorta,
São os grilos, as aves, o sol, as flores e o luar.
Sou simples como a árvore e a água cristalina,
Não busco nada além do que a natureza me dá.
Meu ser é calmo como a lua que a noite ilumina,
E até no vazio colherei chuvas que a vida me dará.
Na quietude dos campos sou como um sol natural,
Abraço o mundo com olhar de quem consegue ver,
Pois o fruto da vida mora em quem sabe amar e colher.
Não quero ser nada além do que eu posso ser,
Pois aceito a minha ancestral condição mortal,
E me contento, qual um vagalume, em luzir e viver.