SOB A LUA BRANCA
Dedilhei uma melodia sob a lua branca
- na quietude das estrelas seculares -
embriagada pela seiva da noite - magia franca,
flutuam sol bemol, e sustenido pelos ares.
Para onde, eu vou há primavera e madrugada
papoulas e tulipas aromatizam os sonhos,
- azul é a silente esfera e sua jornada -
na realidade cristalina, que transponho.
Ouço o canto do pássaro em galhos verdes,
seguido pelo lamento hialino do vento noturno
despertando a inspiração, a poesia é minha sede,
doce espera pelos magnetismos áureos diurnos.
Plena de harmonia é a dança das estrelas,
no campo do céu primaveril, luzente,
dedilhei uma melodia sob a lua singela,
na primavera de meus poemas eloquentes.
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