APENAS CANTO

Remexo o canto e apago o desencanto
Aquele é êxtase, este agonia.
Enquanto o primeiro suaviza o pranto,
O outro, sórdido, desgasta a melodia

E quem vive sem a suavidade do canto?
Ele é a estrada que leva à fantasia,
Que alivia o horror do desencanto
E rechaça a sufocante Melancolia

Quem dera nunca houvesse desencanto
E o choro se transformasse em acalanto,
Que os homens vivessem em harmonia

A dor se metamorfoseasse em canto
Desaparecesse da Terra o sofrer tanto
Fosse o viver remanso e sabedoria
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 16/12/2007
Reeditado em 08/07/2008
Código do texto: T781241
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.