Alvorada em Sereno Aceno
Na manhã serena, um espetáculo se faz,
O sereno, paciente, aguarda a aurora se abrir,
Nas horas que se arrastam, o sol ainda não traz
Seu calor vibrante, seu brilho a reluzir.
No silêncio matinal, o sereno é testemunha,
Das cores adormecidas que ainda se ocultam,
E nas gotas cristalinas, reflete a esperança,
De um novo dia que desperta e se divulga.
Ele dança delicado sobre a relva fresca,
Nas pétalas das flores, desliza com sutileza,
É o abraço suave que a natureza aprecia,
Antes do sol nascer e trazer a clareza.
É uma sinfonia tímida, um murmúrio na madrugada,
O sereno que se forma em cada folha e cada planta,
Esperando pacientemente a chegada do sol almejada,
Para transformar a névoa em um amanhecer de encanta.
E quando o relógio marca sete horas no seu tic-tac,
O sereno se despede, com um último suspiro,
Pois o sol radiante, enfim, faz seu ataque,
E a manhã se revela em um esplendor inteiro.
Assim, a cada dia, o sereno e o sol dançam essa dança,
Uma coreografia perfeita de luz e orvalho,
E nós, espectadores privilegiados dessa herança,
Apreciemos a magia que se revela ao despontar do arco.