NÃO QUERO MAIS POR ENQUANTO
Não quero mais por enquanto
Citar prantos em meus versos
Tristezas dispersas num canto
Fogem os sofrimentos diversos.
Não quero a troco de nada
Uma vida enfadada sem riso
Como de uma alma desamada
Que foi expulsa dum paraíso.
Até vale a pena um choro
Por contentamento e prazer
Pássaros cantam em coro
A alegria de um bom viver.
Quero uma árvore frondosa
Bons frutos e sua sombra
Em companhia maravilhosa
Onde nada te assombra.
Quero o crepúsculo e a luz
As garras felizes da aurora
O brilho de amor que reluz
Nos olhos da minha senhora.