UM CERTO DIA...
A dor que me fere, apenas dói,
talvez sangre em outro lugar...
nos corações que me amam,
ou nos que me odeiam,
por não assistirem meu penar.
Desato o nó que me prende ao medo,
e me faço num laço com a esperança,
encho a taça até a boca,
de um licor com nome engraçado,
sem temer me embriago,
e mergulho naquele mais profundo,
pensamento de volúpia.
Desperto abraçado à lembrança,
que não bebi uma gota sequer,
o coração acelera,
em sorriso me escancaro,
longe de mim todo mal,
não foi embriaguez,
foi um sonho, foi lindo,
foi real.