Raridade

Amarelado pelo tempo...

Da saudade que aperta o peito

O retalho de uma vida

Numeradas, enlatadas numa pasta escura...

O que fizestes ao longo do percurso?

Buscou ares novos? ou o mofo ?

Da vida monocromática

Das cinzas das horas!!!

Da melancolia densa

Que se apoia nos ossos do tempo

Sepultada no cemitério do crânio

Da alvura do viver e não sentir!!!

O planeta gira na imensidão

Mãos suadas, peito apertado

Abaixo todas as ilusões

Das estradas empoeiradas...

Olhos abertos, memória exaltada

Um festival de pombos!!

Sem ninhos, ou galhos das árvores

Repousam nós espaços, a fonte suprema!!!

Desaguam nas fontes do esquecimento...

Valdecir Rezende de Souza
Enviado por Valdecir Rezende de Souza em 13/03/2023
Reeditado em 13/03/2023
Código do texto: T7739563
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