Raridade
Amarelado pelo tempo...
Da saudade que aperta o peito
O retalho de uma vida
Numeradas, enlatadas numa pasta escura...
O que fizestes ao longo do percurso?
Buscou ares novos? ou o mofo ?
Da vida monocromática
Das cinzas das horas!!!
Da melancolia densa
Que se apoia nos ossos do tempo
Sepultada no cemitério do crânio
Da alvura do viver e não sentir!!!
O planeta gira na imensidão
Mãos suadas, peito apertado
Abaixo todas as ilusões
Das estradas empoeiradas...
Olhos abertos, memória exaltada
Um festival de pombos!!
Sem ninhos, ou galhos das árvores
Repousam nós espaços, a fonte suprema!!!
Desaguam nas fontes do esquecimento...