POESIA TAMBÉM CURA
Socorro, verve, socorro
Estou sem inspiração
Fui visitar o meu peito
Encontrei meu coração
Cabisbaixo e indisposto
Demonstrando até desgosto
Da minha situação
Cobrou a minha atenção
Meu costumeiro bom dia
Reclamou do meu estado
Dessa falta de euforia
Depois, pediu-me desculpa
Reclamou que tive culpa
Por tirar minha alegria.
Disse que não cuidei dele
E que agi pela emoção
Que não posso judiá-lo
Apelou para a razão
Mandou-me tomar cuidado
Com quem chegar ao meu lado
Com excesso de atenção.
Então, pedi-lhe perdão
Por tamanha ingenuidade
Fui infantil, inocente
E vítima da vaidade
Coração me perdoou
E de bem com ele estou
Eis que volta a sanidade.
(Tânia Castro - Doutor Severiano/RN)