A CASA DOS MEUS PAIS

Era uma casa simples...situada na periferia ...

numa rua de chão batido, que dava gosto escorregar quando chovia...ela jorrava alegria.

A casa era pequena, mas sempre cabia mais um...

Hora era um tio que chegava doente do interior,

Hora era um primo(a) pra quebrar o jejum.

Gente honesta naquela casa viviam

entre tapas e beijos os irmãos evoluiam.

E em pouco tempo eles casavam e iam.

Logo a casa ficou vazia ...

Mas, nos fins de semana ela enchia

Era pra lá que eu e os meus filhos corria.

A casa onde não tinha tudo, mas não faltava nada...

Era o porto seguro de toda família, dos primos

E de quem mais precisava.

Chegou o dia do Velho Patriarca descansar...

E a Velha Matriarca sofreu...chorou

E por amor aos seus ela continuou firme lá.

Manteve a tradição do acolhimento e permitiu

Que os encontros dos parentes, amigos e quem precisasse...nos fins de semana continuasse.

As netas chegando com seus namorados...

Os netos com suas namoradas...e a Casa que não tinha tudo, mas não faltava nada continuava.

Chegou o dia da partida da Matriarca descansar

E a casa que tinha alegria...faltou riso...faltou abraço e tudo de bom que se possa imaginar.

Até o banco da gente deitar acordado e sonhar...

Não tem mais a companhia da cadeira de balanço...com alguém a se balançar...