DOLCE FA NIENTE
Dolce fa niente
Por estes dias, aproveitando a trégua da chuva fui "solito" até o litoral.
Disse ao meu chefe (quem tem chefe é índio, mas...) que precisava descansar da correria do ano todo, problemas financeiros, atritos familiares, sentimentais
e com o “saco cheio” desta “monótona” vidinha.
Ah...a praia, mesmo com um pouco de frio, valeu.
Observar as ondas espumantes batendo nas pedras, espraiando-se pelas areias brancas.
As gaivotas no seu voejar suave e em seus mergulhos nas
águas azuis à caça de peixinhos.
A calma restabelecida comigo mesmo.
O ar impregnado de aromas, em especial o da maresia.
Os pescadores artesanais nos seus barquinhos ao largo.
Os raios do sol da manhã batendo em meu quarto.
Cantos de canários da terra e sabiás.
O café da manhã após o chimarrão, pãezinhos de queijo, frutas e doce de leite...
Caminhar pela beira-mar, sabendo-se livre de quaisquer compromissos, apenas curtindo o cálido sol e o marulhar das águas.
Andar descalço e sentir a areia úmida da última maré cheia.
Apenas nada fazer a não ser maravilhar-se com a natureza posta gratuitamente por ELE para nos maravilhar num "dolce fa niente"!
Foto: Costão do Santinho em Floripa.
(Tô imitando a minha amiga Lu Genovez, mas maravilhas como estas tem de ser divulgadas não é mesmo?)
Maurélio Machado