DESCONSTRUÇÃO 42 💠
Passageiro de mim mesmo
Na Odisséia de meus medos
Construo-me à sombra das margens apagadas
Obliterando escárnio em face dos segredos
Tendo visões e sonhos de horas malfadadas
Arquiteto mentalista
Estruturando meu corpo em meio aos poetas loucos
Do ser que ao invés de galopar estradas
Sai em disparada pelas galáxias levantando poeira de estrelas
De pensar assim me faço água
De sentir medo
Acredito mais em mim do que na fantasia de existir nos vãos de mim mesmo
Me vem a utopia de que vim e sou escravo
Viajante livre na entrega
E não sei se chego ao nada
Enquanto avançando paro
Sendo apenas um leve sopro de poeira
Perdendo-se à beira da estrada
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