DELEITAMENTO
A penumbra da noite me alucina...
com a lua mansa prateando os jardins,
fantasio flautas nas mãos de anjos, minha sina
por um céu em chamas entre nuvens e clarins.
A beleza imperecível do infinito me deleita,
tudo que floresce em minha mente, nada fenece
acredito em milagres, e meu destino à espreita,
pela madrugada a noite declina, alvorece.
O despertar de um novo dia me seduz...
raiando com uma estação de aromas e cores
lembro de tantos - poemas que compus
com ventos fortes farfalhando entre flores.
Meu coração bate em êxtase, com a melodia,
que norteia meus pensamentos numa prece
sonoridade do violino, colossal alegoria,
premeditando excelso idílio que enternece.