DOIS CORAÇÕES

 

Dois Corações entrelaçados

em mananciais, rocios e fibras.

Fixados na madeira e no aço do infinito.

Pois o Amor tem o trinitário:

Cumplicidade, amizade e ninho.

São extensos e enxergam

o que são autênticos e preciosos:

O estandarte divino e o poema.

 

Dois Corações que desmontam

as insensibilidades e se fazem rios...

E sussurram os seus desejos as estrelas.

Epidermes cômodas e agradáveis,

Harpas raras e imponentes.

 

Dois Corações que transpiram amores...

Visíveis tinteiros que entoam as canções dos anjos.

O som divino que poucos sabem ouvir.

Não adormecem mesmo lisos de estrelas.

Nas afundadas essências cabe a Eternidade

e no íntimo o fulgor da poesia.

 

Dois Corações perdurados de amores férteis,

Imprimidos em cadências e melodias.

E se faltar o sumo das nuvens durante a noite

Os dois acendem as velas

e se abrolham íntegros e infindáveis.

E começam o plantio da claridade e crinas.

Dois corações: Íntegros e nus.

Proclamadas árvores e laivos de luzes.

 

 

 

 

 

By ©Alberto Araújo

14 de julho de 2022

 

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 14/07/2022
Reeditado em 14/07/2022
Código do texto: T7559395
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