Clamação a redenção
Oh, Alma imortal.
Tu que nasceste divina.
Por que continuas cativa
e inerte dentro de mim?
Tu que é justa e é bela.
Do amor aporta janelas
de poderes celestiais.
Tu que é Teos e é cosmos.
Filha fértil dos tres Logos
Atributos de meu Pai.
Diga-me, por que você nunca desiste
e nesta armadura ainda resiste,
enquanto profano seu lar?
Eu que aos desejos me entrego
e a tudo me apego
do sorriso ao chorar.
Eu que reviro os escombros
e em vícios ainda me escondo
tentando em vão te achar.
Ooh ,Alma peregrina.
Que do quinto andar me observa
Que tanto tu espera?
Dessa mente frágil e mortal?
*** II ***
Olá, mente ligeira.
ego que os desejos permeiam
A ânsia por ansiar.
Tu que es turbilhão de prazer
Dos veículos, o último a se recolher
e o primeiro a se levantar.
Escuta mente ligeira
Escuta o que vou te contar.
Antes de tu ser, eu já era.
E ainda hei de ser,
mesmo depois que tu vás.
Entre dois de seus pensamentos,
sou a voz do silêncio
que te permite pensar.
E se ontem me ignoravas
ainda sim é o amor que me aflora
que te permitia sonhar.
*** III ***
Agora tu me vês e me clama
para que enfim te responda
porque nunca desisti.
Pois te digo, sem demora
Esperava tua aurora
teu olhar de prontidão
E hoje é o grande dia,
Tu que morto jazia
estas a me fitar
E com esse olhar tu retorna,
Tão puro quanto outrora
Filho que és do amor
e na tua disponibilidade
conheça agora a Verdade
nunca te abandonei.
E da morte não toma mais parte
ganhaste imortalidade
Pois lembraste de mim.
Ao me ver em teu barco
Te tornaste iluminado
Pois que agora somos Um.
***III ***