VENDEDOR DE SONHOS

 




   Vendedor de sonhos

 

 

Rompeu  barreiras, preconceitos

 

Pegou o violão e a máquina de escrever

 

Afinal estava só e tinha seus direitos

 

Da grande aventura de vida, viver!

 

 

Empreendeu a insólita viagem

 

Ao ensolarado, bucólico litoral

 

Apenas a roupa do corpo, a passagem,

 

biscoitos e folhas de papel no embornal.

 

 

Ah... o mar... deitou-se sem se precaver

 

Sobre as mornas areias, adormeceu

 

Furtaram-lhe o violão, a máquina de escrever

 

O sonho não, este não esmoreceu.

 

 

Sobraram-lhe todas as vontades

 

Manuscritas nas quadras de poesias

 

Fontes iluminadas, suas verdades

 

A preencher os solitários dias.

 

 

Poeta, o arrojado escritor

 

No anonimato da pobreza

 

Manuscreveu os versos de amor

 

Com muita luz e beleza!

 

By: Maurélio Machado