REGILENE RODRIGUES NEVES
Já não tenho mais
O viço da mocidade
Tenho rugas de expressão
Marcas de muitas dores e lutas,
Mas dentro delas
Há sorrisos que construí
Das minhas lágrimas...
O corpo já está flácido
Pela soma dos anos,
Celulites perfuram
Alguns lugares indesejados...
Os seios já não tem a volúpia
Dos meus vinte anos...
Mas ainda olho no espelho
E enxergo a mesma menina
De alma e sorriso aberto
Certa que valeu à pena
Cada transformação do meu corpo...
E como eu cresci por dentro!
Às histórias que habitam em mim
Tantas memórias guardadas
Lições que aprendo e aprendi...
Quanta vida há em mim!
Tantos segundos, minutos,
Horas, anos e anos
Até aqui, poxa.
Como eu me amo!
Um amor-próprio meu
Construído sobre escombros...
Sem preconceitos
Sem barreiras
Sem limites para sonhar...
Eu tenho o ontem
O hoje e o agora
Nas minhas mãos,
Posso fazer a escolha
Que eu quiser
Eu tenho o livre-arbítrio,
Saúde e vida!
Eu construí sobre
Às minhas imperfeições,
De erros e pecados,
O perdão por mim
Eu me perdoei
De tudo o que me causei
De nada me arrependi,
Porque essa Regilene de hoje
Se fez na de outrora...
E assim, saí da minha solidão
Para a vida, decidi amar
Sem medida
Eu só tenho o agora
Para a felicidade
Da minha alma...
O meu corpo
Em breve será saudade,
Mas a minha alma
Deixará um legado
Contada em páginas
De poesias minhas
Sobre o amor e a vida
Que trago na alma...
Minha eterna gratidão à vida!
Em 12 maio de 2022