Música e Poesia

Canto porque tenho voz

canto o triste canto do poeta adormecido

que desperta e não encontra o amor com quem dormirá abraçado.

Meus olhos enxergam o brilho das estrelas

contemplam a beleza esplendorosa da natureza,

e por isso canta em toda força de sua essência,

sou poeta que chora

sou tomado pelo frio vazio da solidão,

é inverno,

lá fora a neve que cai não congela mais que meus pensamentos tristes

Por que me fora negado tanto o amor?

Perguntas não querem calar

o anseio pela vida é o mesmo que procura resposta para a morte.

Sou poeta,

sou revestido de um silêncio que produz versos mudos,

paralíticos,

surdos.

Não atendem, nem escutam a voz embargada do coração

e a música que toca,

toca no profundo da minha alma

derrama no papel os versos em forma notas,

as notas são versos que o músico chama sinfonia

o poeta apelida de poesia,

e assim cada frase,

cada pausa é um suspiro do poeta.

A música que toca

os versos que falam

música e poesia

um só corpo,

uma só inspiração,

sentimentos da alma,

sentimentos que não cabem no peito de quem os vive

e que derramado no papel se torna incompreensível ao são.

Ambas inspiram outrora sentimento felizes

alegres, cantantes, intensos, vivos,outrora

sentimentos tristes, melancólicos, angustiantes,

têm uma vasta ambivalência sentimental,

apaixonados aqueles que desfrutam de seus abraços,

que se colocam debaixo dessa fonte para ser preenchidos desse calor

humano, espremido por mãos habilidosas

sangue que corre em forma de lágrimas,

gotas que tingem o papel de puros sentimentos.

Francis Poeta
Enviado por Francis Poeta em 24/11/2007
Código do texto: T751304
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.