Sobre a Felicidade e o Prazer
Desde a terna infância, nos primeiros anos de vida,
Quando minha mãe me fazia vestir roupas doadas
E ter ciência do alto valor dos produtos no mercado,
A aparição da felicidade atingida por prazeres moderados
E em caminhos em que não havia finas iguarias.
Anos mais tarde, na adolescência, o encontro com
As ideias de Epicuro alargaram a serenidade do ser.
Das lições em nem sempre possuir o objeto mais desejado,
A compreensão da vida ao fugir dos luxos excessivos
E na eliminação dos desejos desnecessários e não naturais...
Fama, poder, riqueza são negações da existência prudente.
A felicidade é fabricada na carpintaria dos prazeres duradouros;
Comer os alimentos necessários, a temperança, as amizades,
A arte, a filosofia são os condimentos que adoçam os trilhos da vida.
Entre os dias em berço de ouro e a simplicidade dos afazeres,
Quem muito espera corre o risco da decepção.
Distinguir as verdadeiras das falsas necessidades,
Estar preparado para tempos de carência, não estacionar
Na abundancia, ter a satisfação de poucas necessidades materiais.
Obter a saúde do corpo, a serenidade do espírito...
A ponderação dos prazeres e o autodomínio são os sábios
Critérios de uma feição humana calcada na felicidade.