Cantiga da amizade
Dá-me tua mão, minha criança
E vamos percorrer os campos
Molhados do orvalho desta manhã.
Sairemos à esmo, a rolar pelas encostas
E riremos da vida
Por simplesmente vivermos.
Nada mais importa…
Nada mais interessa…
Te mostrarei a lealdade sincera das flores
Em seus ternos amores com os colibris.
Tomaremos um banho de brilhantes cores
Na cascata de luz de um belo arco-íris.
Deixaremos o vento nos açoitar os cabelos
E, quando cair a chuva,
Dançaremos agradecendo a graça que vem dos céus.
Ficaremos por horas-a-fio
Observando a eterna faina das formigas
E nos esqueceremos para sempre do egoísmo vil.
E, à tardinha, quando nos sentirmos cansados
Descansarás tua cabeça em meu colo
E dormirás embalada
Por uma poesia encantada
Que cantarei para ti.
Edmar Claudio