Vento

Soa vento,  vai tempo

Se espelha em nalgum lugar

Chora relampeja escoa as lágrimas

Que tange em reluzente cristais

Lumia o corpo deixando invadir a alma

Como uma poça de água

A jorrar na lenda do aço

Que causa temor a superar o cansaço

Aglutina sabores sem temores

Resguarda o entulho sem vacilo

Limpa a lamparina sem esquecer a caldeira

Recolhe os dedos pra não se queimar

E deixa o horizonte clarear

Que a dádiva do tempo entorne e venha a vingar.