EU, CRIANÇA
Olho na estrada e pé no capim
Manga no galho enfim
Solar contágio de luz e calor
Trovão no raio, pavor
Bolo de côco quebrado na mão
Skate veloz move o chão
Guerra de água e briga de lama
Toalha molhada em cima da cama
Jogo de taco, calção no avesso
A vida sem fim nem começo
Formiga torrada na lente da lupa
A morte sem dó nem desculpa
Cabeça de vento, sai sem guarda-chuva
Quer ser fazendeiro na lua
A tarde na praça, corre com mais seis
No jogo do mundo é sempre sua vez
Pureza sem preço
Assim que me lembro
Criança no fim de dezembro...