A passagem do ano

Há pegadas de aves famintas

Na areia do cais

É manhã do dia derradeiro

E os meus pés desnudos as sobrepõem

A trilha acaba e não posso voar

E sinto em meus pés a massagem do mar

É ele me convidando a entrar

Para ouvir a sinfonia de seus frutos

Vislumbro um pequeno pedaço de terra

Cercado de água por todos os lados

Que aguarda a hora para explodir

Emoções em Paraty

Na metade da noite os raios a colorir o céu

Assustam a fauna com seus estampidos

E os mudos do champanhe adoçam os beijos

E o velho se vai

E o novo surge com um lindo nascer do sol

As aves se fartam na praia

Os peixes ressurgem do fundo

É o meu recomeço

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 31/12/2021
Reeditado em 31/12/2022
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