A passagem do ano
Há pegadas de aves famintas
Na areia do cais
É manhã do dia derradeiro
E os meus pés desnudos as sobrepõem
A trilha acaba e não posso voar
E sinto em meus pés a massagem do mar
É ele me convidando a entrar
Para ouvir a sinfonia de seus frutos
Vislumbro um pequeno pedaço de terra
Cercado de água por todos os lados
Que aguarda a hora para explodir
Emoções em Paraty
Na metade da noite os raios a colorir o céu
Assustam a fauna com seus estampidos
E os mudos do champanhe adoçam os beijos
E o velho se vai
E o novo surge com um lindo nascer do sol
As aves se fartam na praia
Os peixes ressurgem do fundo
É o meu recomeço