Luz do tempo

Quando o alvorecer do dia chega clareia o olhar

Terço cada manhã com o recomeço de cada dia

E acoberto - me de lembranças

Oriundas de tempos com muita luz

Dos recantos da casa

Da rua sem calçada

Das brincadeiras atenuantes

Que se estreita no coração

Do banho de chuva na bica de casa

Ah! Saudades que exalam com muita alegria

Na subida das árvores que doce recordação

Tirava os frutos e saboreava

Frutos de manga, caju e seriguela

Da escalação dos muros, do banho de tanque que era a piscina só na imaginação

Quantos lírios colhidos

Quantas rosas plantadas no terreiro do tempo

Que só transpira alegria

No canteiro adormecido que não retorna mais.