MANTO DO CÉU

Chove! Aquela chuva fina

Da janela exorto a grandeza

Os verdes campos as flores

Numa infindável harmonia.

Os olhos ficam estagnados

No horizonte sendo tragado

Num manto descendo do céu

Cobrindo a mata fechada.

A relva batizada num choro

Fluindo a essência da terra

O véu cobrindo os montes

Oferto meus risos e choro.

Nos olhos a real salobra

Saciando a emoção do peito

No sentido a vida num sopro

Tocando a imensidão do amor.