Felicidade humildade
Morávamos em um barraco
Por entre as frestas do zinco
Admirávamos o luar todas às noites
Nossa porta não tinha trinco
O frescor da noite adentrava
Sem pedir licença, mas não precisava
Era nosso companheiro nos dias de calor
Barraco humilde de chão batido
Água encanada fora um sonho
As paredes sempre eram remendadas
Papelão, madeira, plástico e o que desse proteção
Um único cômodo nos acomodava
Luxo não existia, também falta não sentia
Felicidade constante de forma abundante
Amor naquele barraco existia.