A primeira vez
 
Ambos os moleques safados
E também menores de idade
Os corpos em transformação
As libidos em plena euforia
Jamais pelos pais orientados
As escondidas da sociedade
Rumaram aos desejos: “zonão”...
Partiram na maior alegria!!!
 
Carro do pai surrupiado   
na calada do gélido dia
Dois cabeças de vento  
Velocidade descontrolada
Jovens marotos calados
À  casa rosada da periferia  
Era chegado o momento 
A puberdade manifestada.
 
E  na guarita do lupanar
Pergunta o velho guardião
Meninos, se perderam?
Aqui só tem puta e bebida
Vocês não podem entrar
Só os de maior, e garanhão
Creio que me entenderam
Podem procurar a saída.
 
Molharam a mão envelhecida
Com uma pequena  gorjeta
Observaram o salão escuro
Curiosos, adentraram devagar
Luz vermelha, moçoila da vida
Ah!...pular de vez do muro
Não mais a solitária “punheta”
Vamos amigo, juntos chegar...
 
Apresentados às raparigas
Cada qual escolheu o par
Pediram uma cerveja gelada
Ah!...doce instante de vidas
Enfim apaixonados, transar
Aos colegas muito para contar
Aventuras da investida ousada
Numa boa, tudo sem intrigas.
 
Primeira vez , estranho amor
As meninas meigas e gentis
Durou poucos minutos o affair
Sexo consentido, contato indolor
Encantados os jovens infantes
Sorridentes, poderosos, varonis
Que transa legal com a mulher
Meninos em sonhos voejantes
 
 
Mas na vida quase nada perdura
Aquela eufórica tarde de alegria
Interrompida foi pela brusca chegada
Dos pais dos garotos sapecas
Esbravejando, cruéis caras duras
Acinzentaram o maravilhoso dia
Azarados, descoberta a “cagada”
De rabo de tatu, tremendas  surras
Rapaziada  tremendo nas cuecas!!!
 
BEM... ESTA FOI A PRIMEIRA VEZ.